A partir da primeira semana de fevereiro, a empresa Selt Engenharia, contratada pela Prefeitura, dará início à substituição das lâmpadas a mercúrio e a vapor por lâmpadas LED (Light Emiting Diode), mais econômicas e duráveis. No prazo de até 150 dias, contado a partir do início do serviço, todas as 14,2 mil lâmpadas existentes no perímetro urbano serão trocadas.
“Esse prazo pode ser antecipado”, diz o secretário de Obras, Ronaldo Lott Pires, cuja pasta é a responsável pela manutenção da iluminação pública no município. Segundo ele, a troca das lâmpadas terá início pelas avenidas João Pinheiro, Carlos Drummond de Andrade e Carlos de Paula Andrade, intercalando outras avenidas e ruas dos bairros da cidade.
“Além de economizar com o custo da energia, teremos uma iluminação pública mais eficiente em todos os bairros, o que é também condição que aumenta a segurança na cidade”, projeta o secretário de Obras.
Com a substituição, a Prefeitura espera economizar 56% do total que hoje gasta com a energia elétrica consumida com a iluminação pública na cidade, que é paga à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Essa economia, no entanto, não refletirá na redução da taxa de iluminação, paga por todos os domicílios, indústria e comércio da cidade. “Essa taxa não é definida pela Prefeitura, mas pelo órgão regulador do sistema nacional”, afirma Ronaldo Lott.
“A economia terá de ser investida na melhoria do sistema de iluminação para aumentar a segurança pública. Isso será feito com base em levantamento da Polícia Militar, que já nos apresentou os pontos de melhorias.”
Parceria público-privada
O modelo adotado para a substituição é o que está na moda por todo o país, baseado em parcerias público-privadas (PPP). “A vantagem é que a cidade já começa a usufruir dessa melhoria sem que a Prefeitura precise alocar recursos próprios para esse fim”, justifica o secretário de Obras.
O investimento previsto é de R$ 29 milhões, recursos que serão alocados pela empresa Selt Engenharia, vencedora da licitação – e será pago pelo município no prazo da vigência contratual de cinco anos.
Os repasses serão mensais, deduzidos da arrecadação que a Prefeitura obtém com a Contribuição Social de Iluminação Pública (Cosip), que é a taxa paga pelo consumidor juntamente com a conta de luz.
Receitas
Com a taxa de iluminação, a Prefeitura de Itabira arrecada anualmente cerca de R$ 9 milhões – e tem um custeio em torno de R$ 4,8 milhões, que é pago à empresa concessionaria de energia elétrica, referente ao fornecimento de energia elétrica para a iluminação pública.
“A nossa expectativa é ter uma economia anual em torno de R$ 2,3 milhões com a substituição por lâmpadas LEDs”, avalia Ronaldo Lott.
Segundo ele informa, o investimento será pago durante a vigência do contrato de cinco anos, com a economia gerada somada ao saldo entre o que a Prefeitura arrecada e o que é pago à Cemig.
A economia irá ocorrer também com o aumento da vida útil das novas lâmpadas. Enquanto uma lâmpada comum não chega durar um ano, a LED tem vida mais longa, em torno de dez anos.
Outras cidades mineiras também estão substituindo as lâmpadas da iluminação pública urbana. Belo Horizonte, por exemplo, e também por meio de uma PPP, já trocou mais de 20% de sua rede de iluminação pública por lâmpadas LED, com contrato de 20 anos.