Depois que a mineradora Vale melhorou a proposta salarial, com reajuste de 4,5%, os seus empregados, reunidos em assembleias realizadas nos dias 18 e 19, nas dependências da empresa, aprovaram o novo acordo coletivo de trabalho para o próximo ano
No acordo estão incluídos, também, reajustes nas demais cláusulas econômicas (despesas com tratamento de saúde, auxílio funeral, armação de óculos etc.), no cartão alimentação, que passa de R$760 para R$790, além de 13° crédito extra integral, já reajustado no cartão alimentação, mantendo-se, ainda, todas as cláusulas já existentes.
Em decorrência da pandemia, e por solicitação da empresa, a data-base, que venceu em 1º de novembro, foi prorrogada para o dia 25. Conforme explica o presidente do sindicato Metabase, André Viana, a data-base é destinada à correção salarial, quando é feita a análise das condições de trabalho.
“É o momento em que os trabalhadores, por meio de seu sindicato, buscam o reajuste salarial anual, do cartão alimentação, revisão do plano de saúde etc.”
O sindicalista ressalta também o fato de não ter ocorrido perdas de direitos conquistados, com a manutenção de benefícios indiretos.
“A última perda de benefícios ocorreu em 2017. Na época a empresa cortou os procedimentos de ortodontia e implantodontia da Assistência Médica Supletiva (AMS) e ofereceu um abono de R$1.200,00 aos trabalhadores. Apesar das críticas da gestão passada, a empresa manteve o corte.”
Cuidados necessários
As assembleias para o acordo deste ano foram realizadas no estacionamento da empresa, com os trabalhadores dentro dos ônibus e com número reduzido de pessoas.
Só para votar é que saíram dos ônibus, dirigindo-se com o necessário distanciamento às urnas, com uso de máscaras, quando responderam, em sua grande maioria, sim à proposta patronal.
O novo acordo foi aprovado por 2002 (95,4%) trabalhadores do complexo de Itabira, tendo recebido apenas 92 (4,38%) votos contrários, além de quatro brancos/nulos.