Foi com a exigência de sua mãe para se matricular numa escola de música como condição para ganhar um teclado de aniversário, quando fez 13 anos, que o músico itabirano André Lima, hoje com 39 anos, definiu o seu futuro profissional.
Com essa condição irrecusável, ele se matriculou na escola da professora Ivone Ayres e, entre partituras de peças clássicas, aprendeu a tocar o instrumento musical que hoje é o seu ganha-pão. Isso mesmo tendo se formado, anos mais tarde, em engenharia química, profissão que exerceu por apenas um ano.
O tecladista itabirano hoje acompanha músicos do primeiro time da música brasileira como Arnaldo Antunes, Erasmo Carlos, Wanderléa, Frejat, Malu Magalhães. Com Milton Nascimento e Ney Matogrosso ele participou da gravação de um documentário musical que será exibido neste ano pela TV Brasil.
E em parceria com Arnaldo Antunes compôs a canção Põe Fé que já é, que abre o programa Malhação, da TV Globo. É também parceiro do incansável vanguardista Tom Zé. Tudo isso e muito mais, André Lima conta no programa Prosa Musical, do músico e professor Júlio César “Menguele” Batista Mattos (https://www.youtube.com/watch?v=Ge7PWrg4iDo).
Mesmo que ainda em início de carreira na cena musical brasileira, pode-se afirmar com segurança que o músico Itabirano já possui um portfólio consagrado, recheado de sucessos. “E é só o começo”, como ele mesmo reconhece na entrevista concedida ao programa Prosa Musical.
Primeiras bandas
Mas para tudo isso ocorrer, André Lima conta que foi fundamental o começo de sua carreira artística em sua terra natal. Após três anos estudando peças clássicas ao piano, em 1996 ele abandonou Beethoven, Schubert, Vivaldi, Bach, Chopin, Mozart, Villa-Lobos para dar uma guinada em seus estudos – o que foi crucial para se tornar um músico de sucesso.
E partiu primeiro para o rock, tendo formado em 1996, com amigos, os também músicos itabiranos André, Adriano “Azeitona”, Eder, Romildo e Márcio, a banda Skyangels. “Comecei a deixar as peças de piano clássico para me dedicar ao rock and roll”, conta no programa de Júlio “Menguele”.
Um dos primeiros shows da banda foi no salão do clube Atlético – e terminou em grossa pancadaria entre o público presente. A banda só fez dois shows, ambos no Atlético. “Pena que não ocorram mais shows por lá”, lamenta o músico, que se recorda de espetáculos antológicos com a banda Skank e também de uma apresentação de Gonzaguinha, de boa lembrança. “Esse show (do Gonzaguinha) eu não pude ver, era um moleque. Mas ouvi de casa”, recorda.
Após esse período de aprendizagem e exercícios tocando teclados com bandas de rock, André Lima se mudou para Belo Horizonte, onde foi cursar engenharia química, na UFMG. Pois foi durante o curso que ele formou a sua segunda banda, Os Mardirtos, em 1997.
E teve ainda a Caxakustica, também na capital mineira, que durou cerca de seis anos. “Essa banda foi para mim uma escola, abriu a minha cabeça. A fase de Os Mardirtos e Skyangels era mais metaleira. Mas a grande escola foi a Caixa Acústica. Foi com essa banda que descobri que o meu negócio é a música”, revela.
Mas foi com a banda Cumbaquê que André Lima teve os primeiros contatos com a produção musical. “Foi quando participei de uma gravação em estúdio, com registro de nove músicas”, conta. Como produtor musical, André Lima produziu o CD do músico itabirano Carlos “Cabeça”, interpretando Newton Baiandeira (já falecido).
De Belo Horizonte ele mudou para São Paulo em 2007 para se tornar conhecido na cena musical brasileira – e também no mundo. “Foi coisa do acaso eu ter mudado para São Paulo, meses depois de me casar”, conta o músico.
Ele recorda que estava para gravar um disco com Ricardo Koctus, do Pato Fu, quando conheceu um personagem que considera fundamental em sua carreira musical: o contrabaixista e produtor musical Carlos Eduardo Miranda, falecido em 23 de março de 2018, aos 56 anos. “Foi o Miranda quem disse que o meu lugar era em São Paulo.”
E foi o produtor musical quem o recomendou para tocar na banda de Malu Magalhães. “Em 2008 eu estava em BH quando o telefone tocou à noite. Era o Miranda. Ele me perguntou se eu manjava de folk. Eu respondi que nada entendia, mas que podia estudar”, recorda.
“Vou te indicar para tocar com a Malu Magalhães”, disse o Miranda. Foi assim que as portas do sucesso foram se abrindo para o músico itabirano.
Composições
Mas antes de tocar com Malu Magalhães, André Lima conta ter gravado um vídeo que editou e publicou no Youtube. E foi o maior sucesso, com mais de 150 mil acessos em três dias. “Fico achando que foi esse vídeo que levou o Miranda a me ligar”, acredita.
Em 2018 ele participou do show da artista no festival Lollapaloosa (https://www.youtube.com/watch?v=XgpxolJ2hBQ).
Atualmente, André Lima integra a banda de Arnaldo Antunes. E diz que está se dedicando também a compor. “O Tom Zé tem me incentivado e estou gostando de compor. É uma fase criativa que muito me alegra”, diz o músico, que torce para retornar a sua terra natal em breve em companhia de consagrados músicos brasileiros.
Acompanhe André Lima nos links abaixo:
Pavana para uma Terra Viva
https://www.youtube.com/watch?v=EPc1jh5KjZw
VILAREJO
https://www.youtube.com/watch?v=TGBC6ih92Z8
PASSE EM CASA
https://www.youtube.com/watch?v=GL6nEzWGCsk
MALLU MY HOME IS MY MAN
https://www.youtube.com/watch?v=SkbVS6u0KY4
SHINE YELLOW (CLIPE)
https://www.youtube.com/watch?v=4ZCosVMbXm8
MALLU VELHA E LOUCA LOLLAPALLOZA
https://www.youtube.com/watch?v=JkCvwYqyyos
MAIS NINGUEM
https://www.youtube.com/watch?v=qZ9Cy_Jp-pQ
CAXAKUSTICA
https://www.youtube.com/watch?v=1OmKJNMyOxM
CUMBAQUE
https://www.youtube.com/watch?v=ndBjC_eU5II
AVIAO AEROPORTO MTV
https://www.youtube.com/watch?v=cltr2yXbn0M
GREMIO MTV
https://www.youtube.com/watch?v=Epb9Y_Z1_n0
FRITANDO
https://www.youtube.com/watch?v=PF2L9iirBRw